terça-feira, 20 de novembro de 2007

Faz um tempinho que não escrevo nada por aqui. Não sei dizer ao certo o porquê, já que estou com a vida tão atribulada, que daria matéria para um livro inteiro. O foda seriam as repetições de capítulos.

Acho que estou me evitando.
Me evitando pra os outros. Não eu enquanto corpo, exatamente, mas sim como o resto dele.

Vulnerável. é. assim, creio eu. E aí, é bom não expor tudo por que é só momentâneo.
Depois passa.
Passa.
Xô...

Consciência Negra.

Hoje. feriado.
Tô trabalhando feito um branco.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Copiei do Blog do Marcelino

Porque quero que todos saibam e participem...

"FINALMENTE A BALADA LITERÁRIA

A partir do dia 15 e até o dia 18 de novembro, no feriadão da próxima semana, na Vila Madalena, em São Paulo, venha encontrar na Balada Literária com Aloísio Menezes, Alonso Sánchez, Ana Cecília Olmos, Ana Paula Maia, Andrea Del Fuego, Antônio Cândido, Antonio Vicente Pietroforte, Bóris Schnaiderman, Bráulio Tavares, Carola Saavedra, Claudiney Ferreira, Claudio Willer, Danislau Também, David Toscana, Eder Chiodetto, Elliot Alex, Fabiana Cozza, Federico Lavezzo, Ferréz, Frederico Barbosa, Glauco Mattoso, Índigo, João Anzanello Carrascoza, João Silvério Trevisan, Joca Reiners Terron, José Luandino Vieira, Lirinha, Luis Fernando Verissimo, Manuel da Costa Pinto, Marcelo Carneiro da Cunha, Maria Alzira Brum Lemos, Mario Bellatin, Michel Laub, Miró, Nelson de Oliveira, Paulo Scott, Rita Chaves, Rogério Manjate, Ronaldo Bressane, Ronald Polito, Sebastião Nunes, Sergio Chejfec, Sérgio Vaz, Suênio Campos de Lucena, Tony Bellotto, Xico Sá e eu (Marcelino Freire - N. do I.) e muito mais. Uma festa em homenagem ao poeta Roberto Piva e, idem, ao crítico João Alexandre Barbosa. Tudo com entrada gratuita. Para outras informações, visite e divulgue o site www.baladaliteraria.org"
Vamo lá.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Todos somos neuróticos, isto é o que nos mantém dentro da sociedade. Se não o fossemos, seriamos dispersos em prazeres unilaterais não reconhecidos pelos outros indivíduos. Por isso firmamos um contrato. dois pontos. Temos nossos desejos (de qualquer ordem) e os reprimimos para não ultrapassar um conceito ético estabelecido não sabemos por quem. Pela igreja? por Deus?
Aliás, é possível desvencilhar nossa idéia de moral e ética do dogma cristão? isto é, teríamos a atual concepção de ética se não fosse o cristianismo?
Enfim, por ter nossos desejos reprimidos é que somos neuróticos. Lacan que disse.
É por isso que às vezes pareço psicótico. dois pontos. Exponho meu desejo, e como vc não está habituada(o) a acatar essa atitude, me acha um louco. Só pareço, por que na verdade, prefiro a perversão.

Os peixes do aquário

No meu aquário há peixes.
Mas por que tenho um aquário?
Para que um aquário?
Um mar é maior que uma caixa vítrea.

Que causa tem o sustento da hierarquia?
A de negar minha frustração de peixe?
No meu aquário há peixes
E sou dono apenas do aquário.

Você já viu peixes com asas?
Eu já. Num sonho louco, apenas num sonho louco.
E louco é o sonho, eu não o sou.
Talvez o seja frente à normalidade dos peixes,
Dos peixes do aquário que não são loucos.

Porque se fossem, voariam.
E beijariam flores, fiariam ninho.
Seriam a antítese dos peixes reais.
Nos seus respectivos surtos,
Na loucura do seu mundo utópico, fantástico e fantasiado,
Enfim, loucos, voariam.


Mas dentro da caixa de vidro não há insanidade.
Os peixes do aquário não voam porque não são loucos,
Não voam porque não têm sonhos loucos,
Não voam! Porque não têm asas!


(Ixra, in identidad&plural - 2006)


Todo pervertido é um libertino. Todo libertino exerce uma liberdade. Toda liberdade exige uma solidão.