segunda-feira, 23 de junho de 2008

Repasso e assino embaixo


"Olá, autores do livro do II Festival de Letras!"


A editora Humanitas fará um evento de comemoração dos livros lançados neste semestre, no MAC, no próximo dia 26.
(dizem alguns boatos que este foi o semestre mais rico em produções inteligentes)

Fomos todos convidados
e teremos 10 minutos para apresentar o trabalho.
Qualquer um poderá falar
(gritos e esperneios precisam ser marcados com antecedência)
como também somente ouvir.
Não sei se haverá uísque ou champagne,
mas pode ser que distribuam
salgadinhos (além dos professores)".


Espero vcs lá.

Ixra.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Convite p/ espantar o mau domingo


Pra largar o faustão sozinho...


A Casa é Um Palco } gratuito !
domingueiras _____poéticas _____22/06 - 15 h


A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura - realiza, dia 22/06 às 15h , o evento A Casa é Um Palco - Domingueiras Poéticas.

O Evento apresenta uma nova forma de fruição do espetáculo lítero-musical pelo público, presenteando cada participante do evento com um livro ou um CD do escritor ou das bandas convidados, possibilitando uma maior interação após o show entre os artistas e o público que acaba de conhecer seus trabalhos.
São, ao todo, mais de 50 livros e cd´s de grandes artistas contemporâneos que serão distribuídos gratuitamente a todos que participarem.
(serão distribuídos 20 cd´s da banda Mahalab, 20 cd´s da banda Sotádicos e 20 Livros de Israel Antonini)
Confira a programação completa para esse domingo:


> Apresentação da Banda Mahalab: Voz, baixo e bateria. É com essa formação incomum que o Mahalab mostra para o mundo seu rock transcendental, o encontro entre a MPB/rock e a música de vários cantos do mundo em uma atmosfera hipnótica e envolvente. Formado por Ricardo Saldaña, Maurício Verderame e Jamila Maia, o Mahalab acaba de gravar sua terceira demo, "Solar", um trabalho mais amadurecido e com sonoridade mais pop.
Mahalab é música transformando o mundo.
(Serão distribuídos 20 CD´s da banda aos participantes do evento.)


> Apresentação do Poeta Israel Antonini: Escritor, músico e graduando em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É um dos editores da Revista Literária Áporo e autor do livro Identidade & Plural.
(Serão distribuídos 20 livros do escritor aos participantes do evento.)


> Apresentação da Banda Sotádicos: Grupo musical onde o fio guiador é a pesquisa e experimentação musical que se funde com a busca poética de suas letras e idéias, mas principalmente o tempo e o momento que cada integrante vive.
Os shows têm um caráter performático e emocionante aonde o público é convidado a vivenciar musica por música de uma forma simples e visceral participando do caos-mantra-sonoro que ecoa pelos seus sotádicos instrumentos musicais.
(Serão distribuídos 20 CD´s da banda aos participantes do evento.)


Casa das Rosas
- Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura -
Av. Paulista, 37 -São Paulo - SP
próximo ao metrô brigadeiro e ao shopp. paulista

terça-feira, 3 de junho de 2008

Créu

Não sou muito de ver televisão – ainda mais que só disponho da tv aberta, quase sem opção – mas às vezes assisto a MTV, algum filme na Globo e a TV Cultura, que é a que mais vejo, já que ali estão os estilos de programas dos que mais gosto: Entrevistas, debates, literatura e filmes fora de ‘catálogo’. Num desses programas, o Letra Livre, apresentado pelo Manuel da Costa Pinto, tivemos uma troca de idéias com o médico e escritor Moacyr Scliar, e, recebendo de um uruguaio(eu acho), em certa ocasião, uma pergunta (por que no Brasil, que é um país tão alegre, há uma literatura tão negativa?), disse que não soube responder muito bem, mas também achava a literatura brasileira atual muito mal-humorada, e que ele não lê livro chato, recomendando o mesmo aos seus leitores.
Respeito essa opinião, mas decerto não entendo essa designação de livro chato, muito menos imagino como alguém pode julgar um livro como ‘chato’ sem lê-lo. Mas vou tentar uma interpretação: talvez o que Moacyr Scliar tenha se referido aos livros cujo tema é o lado negativo de nossa sociedade. Aqueles livros que, vendo na literatura uma maneira de denúncia e de revelação da realidade, acabam por apresentá-la nas suas mazelas e contradições com certo pessimismo. Com uma espécie de no future na literatura.
Sinceramente, acho sim que é possível se fazer essa literatura realista com certo humor – através da ironia e sarcasmo, por exemplo. Mas não acho que o gênero de livro que citei seja chato. Tampouco vejo alguma contradição entre o fato de o Brasil ser um povo alegre e essa literatura. Afinal, como disse Renato Russo (e li, certa vez, em uma biografia do): “Aqui no Brasil, nós somos alegres, mas não somos felizes. Existem toda uma melancolia e uma saudade que a gente herdou dos portugueses e ainda não conseguimos resolver” (in Renato Russo de A a Z. Campo Grande – MS, ed. Letra livre, 2000, p. 167).
De fato, creio que a imagem de alegres se dá pela fama do carnaval, festas tradicionais, mídias em geral, e que somos alegres sim, mas como forma de disfarçar uma tristeza que há por trás, para justificar isso, uso um ditado do próprio povo: “é rir pra não chorar”.
Tristeza ignorada talvez, por aqueles que já se resolveram individualmente e não têm esforço nenhum para pensar no coletivo, mas reforçada pela nossa – ainda – situação de terceiro mundo.
Esse mau humor é necessário de certa forma. Acho que todos temos que ter um pouco de Holden Caulfield pra não cair no comodismo. Aliás: por que mau humor? só porque não é "alegre"? chatice é algo relativo. Ou então vamos passar a considerar tudo aquilo que não é dança do créu como sendo chato?
Eu não.